Discurso Pe. Aladim - Presidente da OKE-MT

Prezados associados e convidados, é com o coração alegre que estou com vocês nesta assembléia geral.

Como sabemos o nosso movimento foi um presente de Deus para humanidade, plantado no coração de Padre Adolfo Kolping. O jovem sapateiro que sonhava com o sacerdócio via nas recentes fábricas tudo o que não era de Deus, exploração, imoralidade, falta de fé. Em meio às necessidades e tribulações de uma época, foi se formando o que mais tarde se tornaria esta obra, a OBRA KOLPING, que tem por finalidade o crescimento do jovem e da família na religião e na sociedade. E para isso Kolping idealizou uma comunidade viva, onde cada membro fosse um cristão autêntico e um profissional competente. Onde os jovens pudessem aprender uma profissão, mas muito mais do que isso, um lugar de formação de pessoas por completo, lugar em que os jovens gostassem de estar, pois ali eles se encontrariam, partilhariam suas vidas e também se encontrariam com Deus. Um lugar cheio da pessoa de Jesus Cristo, e assim cheio de fraternidade, companheirismo e de fé, onde todos pudessem receber os sacramentos, e serem filhos de Deus na fé, na moral e no mundo. Lugar onde todos pudessem “crer com as mãos”, vendo no trabalho um presente do Bom Deus, capaz de dar dignidade a pessoa humana. E por fim que cada membro da comunidade propagasse, em casa, nas ruas, na política e em toda a sociedade esse ideal de vida.

Há quase 40 anos esse ideal chegava a Mato Grosso pelas mãos de Padre João um homem sonhador como Padre Adolfo, homem este que esteve a frente desta obra até ano passado quando pode descansar nos braços do Bom Deus. Durante todo este tempo a Obra fez muito barulho, muito trabalho, se estendeu pelo estado, cresceu e formou muita gente. Infelizmente de um tempo para cá se vê uma diminuição das comunidades, dos membros associados, da juventude, dos ideais Kolping. São quase 10 CKs inativas e muitas nem mesmo dão noticias.  Muitos prédios estão alugados, aquilo que era para a promoção do trabalhador hoje é tapeçaria, transportadora, e outros prédios estão se perdendo no tempo. Gostaria que nos perguntássemos, “se de fato este é o movimento Kolping?”. “Se de fato os ideais de padre Adolfo estão sendo realidade hoje?”.

Meus irmãos kolpingnistas, nós temos hoje uma realidade parecida com a da época do padre Adolfo, imoralidade, falta de fé, muitos jovens estão sem rumo, se perdendo, pelas drogas, pela violência, pela falta de esperança. Se em nós existe o espírito Kolping, não podemos cruzar os braços. Nesta época, que é nossa, pois vivemos nela, quero chamar a nós que partilhamos do mesmo ideal a nos levantarmos e lutarmos. Nossos prédios devem funcionar a pleno vapor, como casas Kolping. Necessitamos de avivar a nossa juventude, e nossas CKs, fazer com que tudo aquilo que foi sonhado e se tornou realidade há 150 anos não volte a se tornar sonho, ou talvez utopia. Quando se deu que me tornei presidente, me propus a lutar pela Obra e tenho feito isso até hoje, mas não o posso sozinho, preciso dos seus braços, de suas bocas, para que o crescimento deste ideal aconteça. Preciso que sonhem comigo para que esse sonho se torne realidade.